28 de dezembro de 2009

JOGOS (CONTRA ALZHEIMER-Exercitar o cérebro)

CONHEÇA A IDADE DO SEU CÉREBRO...

Este jogo (teste) japonês vai mostrar se seu cérebro é mais jovem oumais velho do que o resto do seu corpo.
Como jogar:
1. Clique no site abaixo

http://flashfabrica.com/f_learning/brain/e_brain.html

2. Quando abrir a página, tecle 'start'
3. Aguarde pelo 3, 2, 1.
4. Memorize a posição dos números e clique nos círculos, sempre domenor para o maior número, começando pelo ZERO, se ele estiver presente.
5.. No final do jogo, o computador vai dizer a idade do seu cérebro.
6. Há outros jogos abaixo.

Boa Sorte!

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O QUE QUER DIZER O NATAL?

"O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos tragonovas de grande alegria que o será para todo o povo: É quevos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que éCristo, o Senhor" (Lucas 2:10, 11).
O QUE QUER DIZER O NATAL?

A data de 25 de dezembro é tida como data de nascimento de Jesus por conta da impossibilidade de eliminar esta festividade no calendário romano. Mesmo com a oficialização da fé cristã em Roma, Constantino, adorador do deus romano Mitra, não tinha alternativa, senão mantê-la no calendário e adotar o 25 de dezembro – DEUS SOL INVICTUS – um culto ao deus invicto sol, um culto pagão, como uma data marcada também para lembrança no novo culto da nova religião adotada pelo Estado Romano.
Constantino manteve sua fé mitraica com as auréolas nas imagens dos Santos e do próprio Cristo.
Assim é que a Jesus, o Cristo, o personagem histórico, mítico e místico, tomado como o Deus Sol Invictus, devemos a data de Natal, uma data na qual os sentimentos de caridade, fraternidade e solidariedade transbordam os limites de nossas emoções, mas que forçamos para levá-los ao segundo plano.
Pomos em segundo plano porque no mundo do espetáculo globalizado de hoje estamos embevecidos pelo ego, pelo individualismo, pela disputa e pelo apego, os quais são o alimento do conflito, que é o alimento do desamor, que é o alimento da guerra, que é o alimento da destruição.
Dessa forma, nos dias atuais, mesmo nos países cristãos, o Natal parece uma festa apenas de muitos presentes. As casas estão enfeitadas de bolas coloridas, as mesas estão repletas de pratos saborosos, por toda parte são encontradas garrafas de bebidas, todos se abraçam, cantam e dançam, tudo é alegria fugaz. Resta ao Jesus Cristo, de quem rememoramos o nascimento, ficar relegado à manjedoura de Belém, longe de nossos olhos, de nossa casa, de nossas vidas.
Ele que deve ser a única coisa importante do Natal, e o seu nascimento o motivo real de nossa alegria e júbilo, estão em segundo plano.O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de amor. Hoje, o Natal é um orçamento constatou décadas atrás o escritor Nelson Rodrigues.
Entrementes ainda brilha uma réstia de luz da estrela da Esperança, a mesma que outrora guiou os três reis magos, a nos dar a possibilidade de crer que, esse marcante momento de lembranças espirituais nomeado como Natal, venha a ser comemorado com Jesus na manjedoura de nossos corações, nas cores de nossa felicidade, na fartura de nossa adoração e na obediência aos ensinamentos do Cristo.
O meu desejo, a todos é que no dia 25 de dezembro e em todos os outros dias do novo ano (todo dia é Natal), possamos olhar para nossas vidas e para as nossas casas e comprovar o brilho real, verdadeiro e o colorido de um "Feliz Natal" com Paz sobre a terra e a Boa Vontade no coração dos homens, e que por toda a humanidade reine o Amor, a Solidariedade, a Justiça, a Fraternidade e a Prosperidade !

Que doravante possamos, eliminando os excessos que afrontam, os extremos que humilham, os desperdícios que insultam, as carências que desgraçam, as fomes que matam, os luxos que enlouquecem, as misérias que revoltam, construir um mundo possível, em que o homem não seja definido por "HOMO HOMINI LUPUS = HOMEM LOBO DO HOMEM".

Proponho então - para este NATAL e para os natais vindouros - a g l o b a l i z a ç ã o da riqueza, a internacionalização dos produtos da natureza, o respeito à natureza, o consumir menos e o preservar mais, valendo-se dos conceitos de reduzir, reciclar e reutilizar, a generalização dos procedimentos de saúde, a universalização do combate à fome, a escolarização de todas as crianças do mundo, a proteção e tratamento adequado de todos os idosos, o acarinhamento da maternidade, o combate sem tréguas ao tráfico, uso e abuso de drogas ilícitas, e lícitas como cigarro e alcool, aliando a prevenção de uso e a redução de danos ao tratamento dos viciados.
Que se globalize o bem estar, que se estabeleça um trabalho honesto e digno para todos, que se universalize a saúde, que se concedam terras e condições de subsistência para aqueles que delas necessitam para viver, que se generalize o conforto da moradia decente, que se estenda a educação a todas as famílias, que se implante a justiça social em toda a superfície da terra.

Feliz Natal para todos!
Próspero, fecundo e abençoado 2010.

Vilemar F. Costa

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FELIZ ANO NOVO

Que a celebração do nascimento do Mestre Jesus, o filho predileto de Deus,que morreu de braços abertos para cumprir sua missão entre os homens,sirva como ponto de referência à reflexãoque devemos fazer sobre o exercício da nossa cidadania.

Que neste ano de 2010 que se avizinha . . .

. . . continuemos nos guiando pelo ideal e nos sacrificando por ilusões,com as quais obtemos, sempre, todas as certezas humanas . . .

. . . exercitemos, mais e mais, o nosso devotamento à pátria e à democracia . . .

. . . intensifiquemos o combate às nossas paixões,conveniências e desejos menores,trabalhando para o nosso sempre crescente aperfeiçoamento moral . . .

. . . combatamos a hipocrisia, a perfídia, a ambição e a corrupção,trabalhando, ininterruptamente,em favor do bem-estar moral e social da sociedade. . .

. . . insistamos na prática das virtudes teologais – Fé, Esperança e Caridade –
e das virtudes cardeais – Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça –,como condição imperativa para a nossa real existência como cristãos . . .

. . . defendamos e protejamos os deserdados da fortuna,em tudo que pudermos e for necessário e justo . . .

. . . conservemo-nos cidadãos honestos, dignos e sincerose elementos de paz, concórdia e harmonia no seio da comunidade . . .

. . . para que nossa pátria Brasil possa se orgulhar dos seus filhos.

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Consumidor // É hora de limpar as gavetas

Faxina :
Antes de se livrar dos papéis, consumidores devem ficar atentos aos prazos de prescrição das dívidas para evitar problemas.
Rosa Falcão

Após a virada do ano chega a hora de limpar as gavetas. Quem não gosta de se livrar dos papéis acumulados durante os doze meses e até por mais tempo? É hora da faxina para começar 2010 sem o peso das coisas velhas.

A bancária Maria Luiza Cássia de Souza costuma guardar os recibos além do prazo legal de cinco anos. Mas antes de rasgar os papéis e jogar fora é bom ter cuidado. Cada documento tem um prazo de validade que deve ser observado pelo consumidor. Os de vida mais longa são os comprovantes da aposentadoria do INSS que vão acompanhá-lo por vinte anos. Por cautela, as contas de água, luz, telefone, fatura do cartão de crédito, carnês de mensalidade escolar e do plano de saúde, além dos tributos (IPTU, IPVA, Imposto de Renda), devem ficar no mínimo cinco anos arquivados nas pastas. Nem sempre o consumidor tem o cuidado de selecionar os papéis que vão para o lixo. Na ânsia de limpeza, fique atento porque todo o cuidado é pouco. Algumas pessoas podem ser surpreendidas no futuro com cobranças indevidas e não tem como comprovar a quitação dos débitos. Resultado: podem ter o nome sujo no comércio, bancos e até mesmo nos cadastros dos órgãos públicos. A coordenadora institucional da Associação Pro Teste, Maria Inês Dolci, recomenda que seja feito um pente fino antes da faxina nas gavetas. Segundo ela, deve ser selecionado cada tipo de documento e analisado o prazo que o fornecedor ou prestador de serviço poderá questionar o pagamento. Maria Inês lembra que além da declaração do Imposto de Renda, todos os recibos das despesas (médicas, escolares, etc) usados pelos contribuintes como dedução devem ser arquivados por cinco anos. Os recibos de pagamento mensal do empregado doméstico e o carnê de contribuição do INSS são obrigatórios na gaveta. "Se possível, o consumidor deve fazer duas cópias dos recibos e deixar uma com o funcionário", orienta. Fique ligado nos carnês de pagamento do condomínio que devem ser guardados por cinco anos para evitar problemas. As notas fiscais dos produtos só podem ir para o lixo após o final do prazo de garantia e se possível guarde durante a vidaútil do produto. "É recomendável que o consumidor faça essa limpeza periodicamente, mas com cuidado do que vai descartar", adverte.A bancária Maria Luiza Cássia de Souza, 52 anos, costuma ser cuidadosa com a guarda dos documentos. Ela conta que tem uma pasta de arquivo e cada folha é marcada com um tipo de recibo. "Em geral eu guardo os documentos por mais de cinco anos para não ter problemas. Além de ter a segurança que não vou ser cobrada de novo, aproveito para ter o controle das despesas do mês com água, luz, telefone e cartão de crédito", ensina.

Quitação anual substitui recibos

A lei 12.007/09 está em vigor desde julho, mas a prova dos nove será em maio de 2010, quando as concessionárias de serviços públicos ou privados (água, luz, telefone, gás) terão que enviar para os clientes uma declaração de quitação anual de débitos. Em tese, o documento substituirá a montanha de recibos que o consumidor guarda durante o ano. Mas nada de se livrar dos recibos antigos porque os pagamentos anteriores à lei devem continuar arquivados. "A declaração é mais cômoda, mas mesmo assim vou continuar com os recibos para observar se a lei vai ser cumprida", comenta Maria Luiza Cássia de Souza. A cautela de Maria Luiza não faz mal a ninguém. O coordenador jurídico da Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor (Adecon), Raimundo Barros, recomenda que as pessoas fiquem atentas aos prazos de prescrição das dívidas porque a lei só será aplicada a partir de maio. Ele lembra que pelo Código Civil as notas promissórias, títulos de crédito e contratos só prescrevem após cinco anos. Durante esse período ofornecedor poderá entrar com uma ação executiva na Justiça para recuperar a dívida. Barros lembra que os recibos das mensalidades escolares, pelo novo Código, passaram de um ano para cinco anos, o que poderá gerar aborrecimentos para o consumidor que extraviar o documento. Mas o que fazer se você quitou a dívida, perdeu o recibo e está sendo cobrado em duplicidade? O coordenador jurídico da Adecon recomenda que o consumidor contrate um advogado para entrar com uma ação na Justiça exigindo que a empresa apresente a sua contabilidade em juízo para comprovar que a cobrança é legal. Ele lembra que o ônus da prova é do fornecedor. O Diario procurou a Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) para questionar sobre a fiscalização da lei 12.007/09 que entra em vigor em maio, mas o departamento jurídico informou que a agência só vai se manifestar a partir de denúncias do consumidor feitas à ouvidoria. Anote o número: 0800.2813844.

Limpando gavetas

Guarde por cinco anos-
Tributos (IPTU, IPVA, Imposto de Renda e outros) -
Contas de água, luz, telefone e gás -
Recibos de assistência medica-
Recibos escolares -
Pagamento de cartões de crédito-
Recibos de pagamentos a profissionais liberais-
Pagamento de condomínios-
Plano de saúde
Guarde por três anos
Recibos de pagamentos de aluguel -
Recibos de diárias de hotéis-
Recibos de pagamento de restauranteGuarde por vinte anos-
Documentos comprobatórios para aposentadoria junto ao INSSGuarde por um ano-
Extratos bancáriosGuarde por um ano,após o término da vigência-
Seguros em geral (vida, veículos, saúde, residência, etc)
Guarde até o término da garantia do produto-
Notas fiscais

(Fonte - Diario de Pernambuco - Edição de 27 de dezembro de 2009 - Caderno Economia)

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24 de dezembro de 2009

Família indenizada por acidente


BR 101 // DNIT e DER-RN foram condenados a pagar mais de R$ 420 mil por causa de morte de criança em colisão na estrada
Gabriela Freire

Brasília - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio Grande do Norte (DER-RN) terão que pagar mais de R$ 420 mil para mãe e avó a título de indenização por acidente que provocou a morte de uma criança de quatro anos em 2002.
Autoras da ação provaram que a sinalização na estrada é defeituosa e que já houve 50 acidentes no local, nos últimos anos. Foto: Eduardo Maia/DN/D.A PressO acidente ocorreu na BR 101, no giradouro de entrada do Município de Extremoz (RN). O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no Recife, manteve, em grau de apelação, a decisão do primeiro grau que condenou o DNIT e o DER-RN. As ações foram promovidas pela mãe, Kivya Bezerra Mota e a avó, Regina Bezerra Mota. Segundo laudo da Polícia Rodoviária Federal, Regina dirigia regularmente seu veículo levando os dois netos para Natal, em 25 de março de 2002. A condutora e os passageiros retornavam da praia de Porto Mirim, no município de Ceará-Mirim (RN). Ao chegar na altura do giradouro, que dá acesso ao município de Extremoz, houve capotamento do veículo ocasionando a morte da criança mais nova. A mãe e a avó da criança perceberam falta de sinalização adequada no local e decidiram investigar as circunstâncias da morte. As duas ajuízaram ação contra o DER-RN e o DNIT alegando negligência da Administração Pública. As autoras provaram que o local já havia sido palco de mais de 50 acidentes automobilísticos nos últimos anos, inclusive, o de uma viatura policial, na data anterior ao ocorrido com a família. Os órgãos públicos, então, apelaram, mas não convenceram. A magistrada de primeiro grau entendeu que "o conjunto probatório colacionado aos autos atesta que o sinistro se deu em face da má sinalização, cuja implantação foi objeto de convênio entre o DER/RN e o DNIT, bem como da deficiência do projeto de traçado da rotatória." No mérito, os órgãos públicos defendem a tese de que houve culpa exclusiva da vítima, sob os fundamentos de que a condutora conhecia o trecho onde ocorreu o sinistro; dirigia o veículo em velocidade inadequada; encontrava-se sonolenta; e as crianças estavamsem cinto de segurança. O desembargador federal convocado Rubens de Mendonça Canuto, afirmou, que aplicava ao caso a "teoria do risco administrativo", onde não se exige a culpa da administração, nem de seus agentes, na responsabilização pelos danos. Kivya Bezerra Mota, mãe das crianças, receberá indenização de 500 salários mínimos por danos morais e R$ 9,24 mil por danos patrimoniais. O relator reduziu em apenas R$ 1 mil a indenização de Regina Bezerra, no tocante às perdas materiais, perfazendo o total de R$ 39.088, e manteve a condenação de 300 salários mínimos, a título de danos morais. O superintendente do Dnit, Fernando Rocha, não comentou a decisão. Ele explicou que as questões judiciais do órgão são conduzidas pela procuradoria do Dnit. "Não tomei conhecimento dessa decisão ainda", disse, na tarde de ontem. Já o diretor-geral administrativo do DER, Dâmocles Trinta, preferiu não se pronunciar. "Ainda não fomos notificados. Só podemos emitir juízo quando notificados", disse.

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Um olhar sobre a cidade

Luiz Maia


Num desses dias ensolarados, que nos causa uma preguiça danada, olho de lado e vejo um homem triste. Embora seu olhar distante me chamasse a atenção, saio por aí como se nada tivesse acontecido. Por instantes eu ignoro a angústia alheia e resolvo caminhar observando apenas a paisagem. Sigo indiferente à falta de espaços com mais verde, ignoro a poluição visual que emporcalha as cidades. Noto a água suja do rio que, parecendo lama fétida, percorre seu leito sem reclamar do mal que lhe fazem. Vejo crianças vendendo frutas nos sinais, pedintes aborrecendo homens e mulheres a mendigar um auxílio qualquer. Gente sem futuro, que nasce nas ruas das periferias, pessoas que passam fome engrossando as fileiras dos deserdados da pátria. Algumas pessoas já me disseram que todo homem preocupado com o outro é infeliz. Não gosto de me abster de opinar, delicio-me com as plausíveis revelações, jamais me contento com silenciosas palavras.
Mas um simples olhar sobre a cidade revela casebres, mansões e favelas a disputar espaços. São disparidades sociais que certamente nos humilham. Os grandes edifícios de muros altos, eletrificados e com câmeras por todos os lugares, funcionam como jaulas horrendas. Verdadeiras estruturas sociais medíocres que compõem um país da pobreza crônica, indiscutivelmente erguidas no mais lindo torrão do planeta terra. Alguns já me falaram que finjo as coisas que costumo escrever. Sei bem que não é verdade. Só não posso é me acostumar com uma realidade que julgo injusta e perversa, nem compreender a indiferença de tantos. Mas, se a realidade é muito difícil de compreender ou interpretar, pior será quando nos faltarem os parâmetros necessários, extraídos da história ou de nossa própria experiência. Talvez o mundo esteja a caminhar para a inexorável valorização do ser humano, único meio de salvaguadar o que ainda resta de bom no planeta.

Luiz Maia
www.luizmaia.blog.br
skipe: luizmaia1 Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar", "Cânticos" e "À flor da pele". Recife-PE

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Cartilha instrui população sobre poluição sonora

Às 8h, ele acorda com marteladas. Às 9h, se mantém desperto com o barulho do carro de som que oferece as frutas da época. Pouco depois, desiste de descansar porque o vizinho resolveu ouvir o novo CD nas alturas. Os exemplos acima fazem parte de uma cartilha que será lançada, hoje, pela promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Intitulada Poluição sonora - Silento e o barulho, o documento tentará acabar com os mitos relacionados ao tema e, mais uma vez, fortalecer seu combate. No lançamento, representantes do município e do estado assinarão um termo de cooperação mútua em que serão definidas as competências de cada órgão. Mais uma esperança para quem sofre com o barulho da vizinhança e faz da queixa um dos principais registros no MPPE.
Morador de Olinda, José Maria Ramalho tem dificuldade de assistir a TVO coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) do Meio Ambiente do MPPE, André Silvani, destacou que a cartilha faz parte de um projeto maior de enfrentamento à poluição sonora, que vem sendo desenvolvido desde 2006. "A poluição sonora é hoje um dos maiores problemas ambientais do mundo moderno, forte coadjuvante do aumento da depressão e outras severas doenças", informou o promotor. Segundo ele, algumas culturas errôneas se disseminaram pelo país, permitindo o abuso de sons e ruídos. Uma delas está relacionada ao horário. A maior parte da população, citou, acredita que é permitido provocar barulho das 8h às 22h. "O sossego, o trabalho e a saúde das pessoas não tem hora marcada. Em qualquer horário que a pessoa se sentir incomodada, está sendo vítima de poluição sonora", disse.O promotor ressaltou que o conceito sobre a necessidade de instrumentos de medição (decibelímetro) também propicia a falta de controle sobre o problema. "Alguns fiscais, policiais e até promotores têm a impressão de que é necessário medir os decibéis para constatar o crime. Mas não é", defendeu. Segundo o coordenador do Caop, o decibelímetro é fundamental apenas para provar uma infração administrativa e não penal. "Para considerar a emissão de ruído como crimeou contravenção penal, bastam testemunhas e documentos, como atestados médicos, gravações em áudio ou vídeo", esclareceu. Silvani também diferenciou o caso entre crime e contravenção, justificando que crime é indicado para casos que afetam a saúde de alguém e contravenção vale para o comprometimento do trabalho ou do sossego."A poluição sonora é, atualmente, uma dos maiores motivos de reclamações da população ao Ministério Público. Ela é causadora de estresse e até de confrontos entre vizinhos, sendo considerada um problema de saúde pública e de segurança", acrescentou. O promotor acredita que a variedade de legislação sobre o tema também pode contribuir com uma confusão entre os órgãos competentes, mas destacou que o termo de cooperação mútua pode esclarecer as funções de cada um, dando um pontapé nas ações de fiscalização e controle. Silvani informou que tanto o policial militar quanto o civil devem enfrentar o problema, identificando as situações de poluição sonora que se enquadram em crimes ou contravenções.Fiscalização - Para o engenheiro civil José Maria Ramalho, 58 anos, a fiscalização ainda é o maior calo. Morador da orla de Casa Caiada, em Olinda, há seis anos, ele disse que é díficil assistir televisão em casa entre 11h e 14h, no horário comercial, por causa dos carros de som no calçadão. "Já foi muito pior a situação. Há quatro anos, meus filhos mal podiam estudar para o vestibular. Era de dia e de noite", recorda. "Depois que colocaram faixas de aviso na orla e fizeram a fiscalização, o barulho diminuiu, mas não acabou. Quando a polícia vai embora, eles fazem a farra. Segunda-feira é o pior dia". Seu Ramalho acha que a cartilha será importante para alertar sobre a poluição sonora diurna. O lançamento da cartilha, que traz em seis capítulos orientações sobre o que fazer e a quem recorrer, é aberto ao público e acontece a partir das 15h no Centro Cultural Rossini Alves Couto, na avenida Visconde de Suassuna, 99. O documento terá uma tiragem inicial de três mil exemplares que serão distribuídos entrepromotores e outros parceiros. A partir da data de lançamento, ela ficará disponível para download no site do Ministério Público de Pernambuco (
www.mp.pe.gov.br), no formato PDF.

Siga a cartilha

Até que horas posso fazer barulho?
Não importa se é manhã, tarde, noite ou madrugada. As leis sobre poluição sonora visam à proteção do sossego, do trabalho e da saúde, a qualquer hora.

Somente sons ou ruídos muito altos geram poluição sonora?
Não. Tudo vai depender do contexto. Se o som ou ruído que você produz alcança os ouvidos do seu vizinho, é ele quem poderá dizer se isso é ou não aceitável

É preciso medir os decibelímetros do ruído?
A medição é necessária para provar uma infração administrativa de poluição sonora para saber se o nível está em desacordo com a lei estadual que trata da matéria. Só com a medição a prefeitura poderá aplicar uma multa ou encerrar uma atividade. Mas é possível caracterizar como crime penal, mesmo sem a medição

O que eu devo fazer se me sentir vítima da poluição sonora?
Mantenha a calma e tente conversar, se existir espaço para um diálogo direto com o poluidor. Caso não haja resultado, procure um dos órgãos de controle (polícias Militar e Civil, Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Judiciário e órgãos municipais)

O que eu devo fazer para não incomodar a vizinhança?
O som que você emite deve ser contido dentro do ambiente que pertence a você. Há soluções acústicas para todos os casos, muitas vezes a custo baixo

Quais são as punições por incomodar alguém com ruídos? Posso ser preso?
Sim. A poluição sonora, além de uma infração administrativa sujeita a multa, também é considerada uma infração penal passível até de prisão em flagrante.


Telefones úteis

Defensoria Pública de Pernambuco - 3182.3700
Delegacia do Meio Ambiente e Infrações de Menor Potencial Ofensivo - 3419.3600
Ministério Público de Pernambuco - 3182.7452 / 3182.7449
Diretoria de Meio Ambiente do Recife - 3232.2112

Fonte: Ministério Público de Pernambuco

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